Se não fosse seu Paulo Chausse "Lunga"


A trava anti-furto de estepe do crossfox e a sociedade

Essa indivídua foi a culpada:




A "trava anti-furto de estepe" do crossfox, meu carro, a vilã.
Este pastor que vos fala saia feliz de mais um Culto de Oração em sua Igreja, até que se depara com um triste realidade. O seu pneu (o do carro, não os da minha barriga de estimação), estava furado. Isso com um prego de 5 cm, que está guardado até agora sobre a minha escrivaninha, como recordação.

A troca do pneu foi uma epopéia digna das mais famosas comédias pastelões já escritas. Muita gente ajudando, muita gente olhando, outros tantos fazendo resenha (tradução para os paulistas, tirando sarro). Depois de um trabalho árduo e estressante (rs...) descobrimos que o meu carro não tinha a bendita peça anti-furto. Ou algum borracheiro malandro havia roubado, ou o antigo dono malandro me vendeu sem. Meu querido, amado e dileto Diácono Paulo Chaussê (também carinhosamente conhecido como Seu Lunga - procure no google), emprestou-me a roda novinha do seu spacefox novinho e levou a minha furada para consertar. Gente, o pneu dele estava na caixa e ainda possuía lacre! Certamente ele ficou muito feliz em emprestar...

Me aconselharam a ir até a revendedora autorizada de Itabuna. Pelo que o google me diz ela chama "Cristal Motors". Encomendei esse mísero parafuso, que depois de um grande discurso bem ensaiado, me cobraram R$ 150,00. O bobo aqui pagou, com um aperto no coração. E ainda me avisaram que deveria esperar de 8 a 15 dias úteis para que a peça chegasse.

No outro dia o mesmo querido Diácono me liga, dizendo que comprou a peça na hora, a pronta entrega, por R$ 10,00 com nota fiscal e tudo.

O que eu quero mostrar nessa postagem não é só a minha burrice, mas o tipo de sociedade em que vivemos. Se uma revendedora autorizada cobra algo entre 30% e 50% a mais que qualquer loja dou-lhes a razão. Eles têm de manter a marca, trabalham com todos os seus funcionários registrados, e provavelmente sofrem mais pressão para manter seus impostos em dia. Mas cobrar 1.500% (mil e quinhentos porcento) a mais é um roubo descarado sem qualquer tipo de explicação plausível.

Esse mesmo espírito de malandragem permeia todas as áreas da sociedade. É uma vergonha que até hoje nós, brasileiros, tenhamos que ter um "pé atrás" sempre que encomendamos qualquer tipo de serviço. Seja contratando um pedreiro, comprando pão, pedindo um remédio, brigando por uma causa na justiça, sempre temos a sensação de roubo, de desconfiança e chegamos desesperançosos em casa, com um sentimento de que não seremos devidamente atendidos. Isso porque não pedimos qualquer tipo de favor, mas tão somente o que nos é de direito e que o serviço pelo qual pagamos seja entregue de maneira honesta e satisfatória. Enquanto esse desejo descontrolado e inexplicável do brasileiro de malandragem não for domado, sempre viveremos apreensivos.

Como sou pastor não posso deixar de perguntar. Os cristãos possuem comportamento diferente? Tenho sérias dúvidas.

Abraços
creditos para
revmaykon.blogspot.com